domingo, 31 de outubro de 2010

Shiiiiat, acordei. E agora?!


Dormi por 15 dias, 10 horas e 20 minutos. E acredite... Muita coisa aconteceu nesse tempo.
Jurava que iria demorar.
Tolinha.


Parte 1

Congelar foi o primeiro verbo que me lembro em ter pensado saindo do avião. Vestia uma regata preta da C&A basics, carregava uma bolsa cheia de inutilidades com a finalidade de distração, numa cidade onde faziam extamente 14°C. Encarei a minha sombra, e reparei o jeito como o meu cabelo se despenteava por causa do vento. Maldito vento. Maldito frio.

Eu não parava de tremer. Se me perguntassem o porquê, eu diria "Ah, são tantos os motivos".
E todos distintos. A adrenalina piorava a ansiedade, que por fim aumentava o nervosismo; que então me lembrava dos míseros 14°C.

O Homem que Calculava foi comigo todo o trajeto. E ficou por lá até que eu não conseguisse mais o enxergar.
Depois de pouco esperar, minha carona chegou.
Fernão Dias me apresentou rapidamente várias cidadezinhas e luzes, e até o meu destino final, vi muitos postes.
Cheguei. A matriz. Era lá que eu queria estar.

E então eu os conheci. Melhores do que eu poderia imaginar.

E ele veio. Abriu a porta, e do sofá, eu o encarava.
Sorri até a minha boca explodir.

Cada dia que eu acordava, eu via que adaptação, pra mim, não existia naquele lugar.
Acho que tudo o que eu mais queria era me sentir como eu me sentia lá.
Eu não tive vontade de ir embora.

I said: You are the greatest thing that ever happened to me.
Time is running, sunshine...



Parte 2


Porque na vida tudo tem dois lados, duas partes. A parte boa e a ruim. A parte meio certa e meio errada. A outra parte de alguém.
E como tudo legal na vida tem a sua parte chata, eis aqui o outro lado. A parte que eu acordo.


Fiquei zonza. A garganta queimava, enquanto o ônibus ia se distanciando. Na mesma bolsa de inutilidades, achei no óculos, o meu conforto. Meu aliado.
Eu lembrei nesse piscar de olhos de tudo o que eu tinha visto, vivido, presenciado.
E já tinha saudades. Não consegui pensar em muita coisa, m
uito embora tinha tentado.
Acho que até hoje. Passei por mais lugares e neles todos eu o via. Em tudo o que tinha a minha volta, e dentro de mim. Ele era tudo aquilo.
Ele é tudo isso.

A conclusão foi que eu fui arrancada. A realidade me obrigou a voltar.
Estranhei a sala, meu quarto, a cozinha. As horas.
O skype.

Você mudou tudo pra melhor, me mostrou uma parte que eu não conhecia.
E acho babe, que só no dia que eu te ver de novo, vou poder pensar feels like home.
Como dizia meu velho Shakespeare: É comum perder-se o bom por querer o melhor.








Um comentário:

  1. Resumindo : "I look at you and i'm home."
    Eu nem teria conseguido prestar atenção no livro.
    Gostei do post, Evy. Escreva mais.

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